segunda-feira, 21 de maio de 2012

Você sabia que asma atinge 15% das crianças brasileiras?

Pouca gente sabe, mas asma e bronquite são a mesma coisa: uma doença pulmonar crônica com inflamação das vias aéreas (aqueles que conduzem o ar para os pulmões). Algumas pessoas podem ter asma por vários anos, mas ela ocorre com maior frequência na infância. No Brasil, cerca de 15% das crianças têm sintomas da doença.
Você sabia que asma atinge 15% das crianças brasileiras?Embora não exista cura definitiva para a asma, há formas de controlá-la e de modificar sua evolução. O ideal é que a família trabalhe em conjunto com o médico para encontrar o melhor tratamento para a garotada.
Se a criança continua tendo crises da doença, é sinal de que não está havendo controle adequado. A maioria apresenta sintomas leves, que muitas vezes não necessitam de tratamento preventivo. Entretanto, uma crise forte pode provocar situações extremas se os cuidados não forem iniciados precocemente, conforme orientação do médico.

Sintomas

A asma pode se manifestar com sintomas intermitentes (crises) ou contínuos. Durante uma crise, as vias aéreas internas dos pulmões tornam-se inchadas e estreitas, deixando a criança com sensação de aperto no peito, tosse, chiado ou dificuldade para respirar.
Às vezes, a asma se manifesta de outras maneiras:
  • com tosse crônica ou em crises, além de sintomas de tosse e chiado no peito durante a noite ou constante despertar (asma noturna)
  • tosse ou chiado no peito, quando a criança corre, dá gargalhadas ou executa outros exercícios (asma induzida pelo esforço físico)
Atenção: todos esses sintomas podem se manifestar desde o primeiro ano de vida!

Fatores desencadeantes

Existem fatores químicos, físicos e biológicos no ambiente que podem desencadear os sintomas da asma. É muito importante conhecer essas causas e tentar evitá-las ao máximo. Uma crise pode ser desencadeada por:
  • fumaça de cigarro
  • poeira doméstica e ácaros
  • animais domésticos (cão, gato)
  • pólen de plantas e xaxins
  • infecções por vírus (gripe e resfriado, por exemplo)
  • poluição
  • mudanças bruscas de temperatura

Tratamento

Os remédios utilizados no tratamento da asma podem ser preventivos ou para alívio imediato dos sintomas.
Os medicamentos preventivos, administrados sob estrita orientação médica, evitam novas crises. Atuam vagarosamente durante semanas ou meses a fim de diminuir o inchaço das vias aéreas. Devem ser administrados diariamente, mesmo que a criança já esteja bem e sem sintomas. Porém, em alguns casos, a criança com asma necessita receber medicamentos preventivos por vários meses ou anos, diariamente.
Esse tratamento não pode ser interrompido e não se deve deixar de administrar os remédios por esquecimento, mesmo que seja por um único dia.
Os medicamentos de alívio ajudam a cessar a crise já iniciada e evitam que ela se agrave. Agem rapidamente, promovendo a abertura das vias aéreas. No entanto, os pulmões permanecem muito sensíveis a vários fatores externos, considerados irritantes para as vias respiratórias e que podem desencadear outra crise.
Todos esses medicamentos devem ser administrados sob orientação médica, nos primeiros sinais de chiado, tosse, aperto no peito ou dificuldade pra respirar.
Pode ser necessário administrá-los diariamente, por uma ou duas semanas, desde o começo da crise até a melhora completa. Quando os remédios precisam ser tomados com frequência é sinal de que a asma não está bem controlada e de que há necessidade de um tratamento preventivo.
A maioria dos medicamentos destinados à prevenção da asma é administrada na forma de spray.– as chamadas bombinhas – e não prejudicam tanto a saúde como as pessoas pensam. São seguros e eficazes no controle e no alívio das crises e têm a vantagem de apresentar ação praticamente imediata, mesmo quando se utilizam doses pequenas em relação a outras formas, se utilizados de maneira correta e sob rigorosa prescrição médica.
Apesar do tempo prolongado de administração, os efeitos colaterais ocorrem em níveis mínimos ou quase desprezíveis.

Sinais de emergência

Os pais de crianças com asma devem ficar sempre atentos à orientação do médico e seguir corretamente as seguintes instruções:
  • controlar o tempo exato de administração de medicamentos, a quantidade e a forma de administração (oral, por inalação ou por spray)
  • aprender a diferenciar os medicamentos preventivos daqueles destinados ao alívio das crises
  • combinar com o médico o que fazer, caso os sintomas da criança não melhorem ou quando ocorre uma piora
A família deve manter com extremo rigor as consultas de rotina para o controle da asma, mesmo que a criança esteja bem e não apresente mais nenhum sintoma. Também não deve interromper o tratamento preventivo, mesmo nos casos em que a criança estiver utilizando medicamentos de alívio apenas durante as crises.
O médico deve ser comunicado sobre tudo o que se referir a atendimentos de urgência. Convém, ainda, marcar uma consulta no intervalo de três dias após uma crise, para reavaliação.

Sem comentários:

Enviar um comentário